O objetivo do grupo BEMTEVI é estudar e promover a conservação de aves e outros vertebrados em Pirenópolis. O grupo é formado por ornitólogos amadores, a maioria atuante como guias de ecoturismo, mas está aberto a todos os amantes da natureza.
PARTICIPANTES: Rogério, Vando, Luiz, Guilherme, João e Fábio
O grupo foi visitar esta área com o propósito de avistar o casal de mutum-de-penacho (Crax fasciolata) residente no capão de mata junto a pousada. De acordo com Fabão (proprietário do local) o casal reside naquela área há anos, onde tem se reproduzido com sucesso. No final da tarde caminhamos da casa do Fabão até o final da trilha que leva à área de descanso dentro do capão de mata. Naquele ponto ouvimos muitas cigarras e um macaco quebrando jequitibá ou jatobá. Entramos na mata, onde pudemos observar altas árvores, incluíndo um enorme jequitibá-rosa no qual havia um macaco-prego batendo fruto contra o galho a fim de comer suas sementes. Por falta de trilha demarcada o grupo acabou se perdendo um pouco dentro da mata e resolveu voltar. No retorno, na boca da noite, na saída da mata, finalmente avistamos um mutum no alto das árvores, provavelmente se empoleirando para dormir. De acordo com o texto no site Wikiaves, esta ave sempre procura o mesmo poleiro para dormir.
No final do passeio, Fabão gentilmente preparou para o grupo sua vitamina especial de jatobá, a qual fez o maior sucesso.
Fato bastante curioso ocorreu no dia seguinte, quando um enorme mutum macho apareceu no quintal da minha vizinha, na rua do Bonfim. Naquele endereço, Evandro, Luiz e eu temos observado e registrado aves há 15 anos e nunca um mutum havia sido avistado por lá. Quando Fabão soube da conhecidência, ele comentou que o mutum foi retribuir a visita. Por detrás do muro, consegui tirar boas fotos do bicho que ficou siscando junto das galinhas de Dona Isaura, a vizinha. O mutum apareceu por mais alguns dias para se alimentar de manga e jambo vermelho.
Tempos depois, em outubro, Fabão comentou que o casal de mutum estava com um novo "frangote" andando pelo terreiro da Pousada Arvoredo. Um verdadeiro prêmio da natureza para o trabalho de conservação e restauração ambiental conduzido por Fabão naquela área.
Mutum se alimentando de jambo-vermelho (Syzygium malaccense)
PARTICIPANTES: Rogério, Vando, Luis, João, Fabão e Alex
Logo no início da caminhada, ao chegarmos na beira do Rio das Almas, próximo ao centro de Pirenópolis, avistamos muitos beija-flores numa espatódia (xixi-de gato) que estava toda florida.
Viuvinha (Colonia colonus) empoleirada no galho mais alto de uma árvore emergente da mata-ciliar, ainda no perímetro urbano de Pirenópolis.
Curicaca (Theristicus caudatus), ave comum em Pirenópolis, encontrada nos campos e pastos próximos do Rio das Almas e seus afluentes urbanos - córregos Pratinha e Lava-Pés.
Urubuzinho (Chelidoptera tenebrosa), também gosta de empoleirar em altos galhos de onde espreita suas presas: insetos voadores.
Na escuridão da mata não deu tempo de enquadrar a ave, mas sua cauda é inconfundível. Você é capaz de identificá-la??
PARTICIPANTES: Rogério, Vando, Luiz, Guilherme, João, Marcus e Arnaldo
Pequeno lago em cujas ilhotas de papirus e agave reside uma família de japacanim (Donacobius atricapilla).
A saracura-três-potes (Aramides cajanea) é uma ave comum neste local.
Muitas cutias (Dasyprocta azarae) residem na área verde da Quinta Santa Bárbara, instalada na cabeceira de uma vereda, onde nascem as águas do Córrego da Prata. Os roedores se alimentam principalmente de buriti (Mauritia flexuosa), palmeira nativa, e de manga, árvore exótica plantada em abundância no pomar da pousada.
Participantes: Rogério Dias, Luiz Evandro Triers (Vando), Luiz Evandro Triers Filho, João Batista Triers, Guilherme Predebom e Felipe
Assuntos discutidos:
·criação do Grupo de Observadores de Aves de Pirenópolis
·objetivos: estudar aves e outros vertebrados, registrar avistamentos, promover conservacao
·vinculacao do grupo a COEPi - Comunidade Educacional de Pirenópolis (OSCIP)
·relatos sobre avistamentos antigos: arara-canindé (Vando e João); garça-azul (Luiz)
·todos presentes ficaram com o compromisso de anotar antigos avistamentos raros ou especiais e trazer na próxima reunião.
·estabelecer encontros semanais.
Caminhada: (9:00-10:30): coreto – beco – beira rio - trilha cachoeirinha (até pouco depois das lavras bandeirantes).
Tempo: ensolarado
Especies avistadas: (22 Aves + 1 Mamifero):
Nome do Táxon
Nome em Português
English Name
Status
Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817)
andorinha-pequena-de-casa
Blue-and-white Swallow
R
Eupetomena macroura (Gmelin, 1788)
beija-flor-tesoura
Swallow-tailed Hummingbird
R
Troglodytes musculus (Naumann, 1823)
corruíra
Southern House-Wren
R
Thraupis sayaca (Linnaeus, 1766)
sanhaçu-cinzento
Sayaca Tanager
R
Aratinga solstitialis (Linnaeus, 1766)
jandaia-amarela
Sun Parakeet
R
Thraupis palmarum (Wied, 1823)
sanhaçu-do-coqueiro
Palm Tanager
R
Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789)
coró-coró
Green Ibis
R
Cacicus cela (Linnaeus, 1758)
xexéu
Yellow-rumped Cacique
R
Turdus rufiventris (Vieillot, 1818)
sabiá-laranjeira
Rufous-bellied Thrush
R
Thalurania furcata (Gmelin, 1788)
beija-flor-tesoura-verde
Fork-tailed Woodnymph
R
Cyanocorax cyanopogon (Wied, 1821)
gralha-cancã
White-naped Jay
R, E
Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766)
bentevizinho-de-asa-ferrugínea
Rusty-margined Flycatcher
R
Ramphastos toco (Statius Muller, 1776)
tucanuçu
Toco Toucan
R
Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766)
neinei
Boat-billed Flycatcher
R
Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845)
garrinchão-de-barriga-vermelha
Buff-breasted Wren
R
Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839)
rabo-branco-acanelado
Planalto Hermit
R
Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823)
baiano
Yellow-bellied Seedeater
R
Progne tapera (Vieillot, 1817)
andorinha-do-campo
Brown-chested Martin
R
Coragyps atratus (Bechstein, 1793)
urubu-de-cabeça-preta
Black Vulture
R
Piaya cayana (Linnaeus, 1766)
alma-de-gato
Squirrel Cuckoo
R
Columbina squammata (Lesson, 1831)
fogo-apagou
Scaled Dove
R
Euphonia violacea (Linnaeus, 1758)
gaturamo-verdadeiro
Violaceous Euphonia
R
Mammalia - Carnivora - Procyonidae
Nasua nasua (Linnaeus, 1766)
quati
nasua
R
LEGENDA DO STATUS
D = status desconhecido;
Ex = espécie extinta em território nacional
ExN = espécie extinta na natureza; sobrevive apenas em cativeiro
E = espécie endêmica do Brasil
# = status presumido mas não confirmado
R = residente (evidências de reprodução no país disponíveis);
VS = visitante sazonal oriundo do sul do continente;
VN = visitante sazonal oriundo do hemisfério norte;
VO = visitante sazonal oriundo de áreas a oeste do território brasileiro;
VA = vagante (espécie de ocorrência aparentemente irregular no Brasil; pode ser um migrante regular em países vizinhos, oriundo do sul [VA (S)], do norte [VA (N)] ou de oeste [VA (O)], ou irregular num nível mais amplo [VA]);